Heroico, Paris entra para a história e conquista a Europa
Após uma final dominada do início ao fim, o Paris Saint-Germain escreveu a página mais bonita de sua história neste sábado, em Munique. Ao vencer a Inter de Milão (5-0), nossos Rouge et Bleu estão no topo da Europa e conquistam sua primeira Liga dos Campeões
Há datas que não esqueceremos jamais. Que ficarão gravadas em nossa memória coletiva, escritas para sempre nos livros de história. Neste sábado, 31 de maio de 2025, o Paris Saint-Germain estava prestes a viver talvez a sua maior noite e a escrever a sua lenda ao tentar garantir a sua estrela no céu de Munique. Para enfrentar este imenso desafio, Luis Enrique decidiu escalar uma zaga composta pelo capitão Marquinhos e William Pacho, diante do gol defendido por Gianluigi Donnarumma. Achraf Hakimi ocupou o seu lugar na lateral-direita, enquanto Nuno Mendes começou na esquerda. No meio-campo, Vitinha desempenhou um papel de cão de guarda, apoiado por João Neves e Fabián Ruiz. No ataque, Désiré Doué e Khvicha Kvaratskhelia rodearam Ousmane Dembélé, que começou como centroavante.
Desde os primeiros minutos, os nossos parisienses pareceram compreender plenamente a sua missão. Fiel aos princípios de Luis Enrique, o clube da capital rapidamente monopolizou o controle da bola, mostrando-se eficaz quando perdia a posse, graças à intensa pressão liderada por Fabián Ruiz e Vitinha. Foi este último, em particular, quem causou os primeiros arrepios na Munich Football Arena, graças a uma cobrança de falta pela direita, que não encontrou destinatário diante do gol italiano. No entanto, era apenas uma questão de tempo para o português. No centro de outro momento decisivo, Vitinha deu um passe brilhante para Désiré Doué na área, que então devolveu para Achraf Hakimi, que não teve piedade de seu ex-clube para abrir o placar (1-0, 12').
Após um início perfeito, demonstrando seu espírito de luta implacável, nossos Rouge et Bleu não deram sinais de relaxamento após o primeiro gol. À medida que os minutos passavam, os italianos pareciam cada vez mais sufocados pela marcação parisiense. Agrupados em sua metade do campo, os italianos tentaram da melhor forma possível repelir os ataques cada vez mais numerosos ao gol de Yann Sommer. Inicialmente vitoriosos na tentativa de Kvaratskhelia, os italianos foram novamente derrotados pela rapidez do ataque parisiense. Disparando pela esquerda, Ousmane Dembélé encontrou Désiré Doué na área, que desta vez se transformou em artilheiro para cativar a torcida Rouge et Bleu (2-0, 22').
Os comandados de Simone Inzaghi estavam ansiosos para reagir antes do intervalo. No entanto, depois de demonstrarem sua força diante do gol, foi na defesa que os nossos Rouge et Bleu travaram uma batalha implacável. Entre pressão intensa e excelente recomposição defensiva, o Paris conseguiu acalmar o entusiasmo dos interistas. Sem achar espaços, a Inter tentou fazer a diferença em lances de bola parada, mas a cabeçada de Marcus Thuram passou longe do gol de Gigio Donnarumma (37'). Com o controle da partida, nossos Rouge et Bleu voltaram aos vestiários com uma vantagem de dois gols. A partir do segundo tempo, a intensidade aumentou e a Inter tentou novamente encontrar uma solução em lances de bola parada, mas sem sucesso (48', 49').
Cada vez mais afiados, os interistas se viram mais uma vez castigados pela eficiência do clube da capital. Após uma rápida cobrança de falta no campo parisiense, Vitinha tabelou com Dembélé antes de lançar Doué. Já consagrado com uma atuação histórica, o jovem atacante aproveitou a oportunidade para consolidar ainda mais seu legado ao superar Sommer novamente (3-0, 63'). Completamente dominada desde o início da partida, a Inter abriu espaço na defesa, buscando pressionar e criar superioridade numérica. Uma dádiva para o clube da capital, que selou o destino desta partida com um contra-ataque relâmpago iniciado por Dembélé e finalizado por Kvaratskhelia (4-0, 74').
Faltando pouco para o encerramento desta final e desta temporada histórica, a sorte estava lançada, mas o festival ainda não havia terminado. Recém-entrado em campo, Senny Mayulu juntou-se à festa ao encontrar o fundo da rede com um lindo chute de canhota (5-0, 87'). Uma conclusão perfeita para uma noite eterna. Esta noite, Paris, a Cidade Luz, iluminou a Europa com o seu talento. O céu de Munique estará tingido de vermelho e azul, e os parisienses poderão agora celebrar a sua equipe, sentados no trono da Europa.